sexta-feira, 29 de maio de 2009

Carros de Competição: BMC Mini-Cooper S

O BMC Mini Cooper é sem dúvida um dos melhores carros de rali de todos os tempos. Logo após o lançamento do Mini em 1959, John Cooper, amigo de Alec Issigonis, e chefe da Cooper Cars, famosa preparadora de carros e equipe de F1 na época, viu no pequeno carro potencial para uma grande máquina de competições, enquanto Issigonis se mantinha contra a idéia de que o pequeno carro urbano pudesse ser competitivo. Não satisfeito, Cooper foi falar com a diretoria da BMC, e após resposta positiva, desenvolveram o Mini-Cooper, lançado em 1961. O carro tinha um motor de cilidrada aumentada (997 cc contra os 848cc originais), dupla carburação, e câmbio encurtado, o que fez com que a potência fosse de 34 HP para 55HP, somado a freios a disco dianteiros, e tração dianteira. Estreou nos ralies na mesma época do lançamento, tendo as 1.000 unidades requeridas para ser homologado para o Grupo 2. Mas em 1963, surge o Mini definitivo, o Cooper S, com motor revisado contando com 1275cc e 75HP de potência, além de freios servo-assistidos. Com isso, se tornou o carro dominante na década de 1960, ganhando o rali de Monte Carlo quatro vezes seguidas, entre 1964 e 1967, sendo desqualificados em 1966, devido a irregularidades com os faróis, se não fosse desclassificados em 1966, seria o único carro a terminar o rali de Mônaco entre as três primeiros por seis vezes consecutivas.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Jipes: LuAZ 967 e 969

Enquanto do lado de cá desenvolviam um veículo anfíbio padrão que pudesse ser construído por todos os países da OTAN, do lado de lá, a União Soviética estabeleceu dois modelos-padrão e criou uma fábrica para seu carro militar. A LuAZ, Fábrica de Automóveis de Lutsk, foi estabelecida na cidade de Lutsk, Ucrânia. E, seu produto principal na época era um modelo 4x4, capaz de evacuar feridos, carregar munições e armas leves, e perto dele, o Europa Jeep era um primor do design...hehehehe. O 969 era um modelo interessante, por ter rodas pequenas para um veículo desse tipo, ele acabava tendo uma altura livre de 28 cm, o que fazia com que ele tivesse desempenho em terrenos acidentados muito melhor que os jipes hi-end da época. Serviu ao Pacto de Varsóvia desde seu lançamento em 1967 até o fim da guerra fria. A versão anfíbia, o LuAZ 967, foi desenvolvido pela AZLK Moskvitch em 1959, e ficou ativa entre 1961 até 1975. Mas só serviu no Exército Soviético.

LuAZ 967

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Jipes: Europa Jeep FMS

Retomando a origem do blog...voltamos a falar sobre jipes hehehehehehe
Na década de 1960, a OTAN fez uma concorrência onde deveriam ser apresentado um veículo leve de tração 4x4, e anfíbio, que pudesse ser produzido por qualquer país membro. Vários fabricantes se uniram em consórcios. Fiat, MAN, Saviem desenvolveram o FMS, e Büssing, Hotchkiss e Lancia fizeram o BHL.
O projeto foi abandonado em 1976, devido a desistência da França, e seu desenvolvimento foi bastante lento. Durante esse tempo a Volkswagen supriu a OTAN com seus modelos VW181 e Iltis.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Carros de Competição: Chevrolet Chevette

Mais um carro brasileiro na sessão, o Chevrolet Chevette da Equipe Touring no Campeonato Brasileiro de Ralies. O carro era baseado no modelo normal com a preparação de praxe, reforço estrutural, retrabalho na suspensão, alguns apêndices aerodinâmicos, e um motor de 125 HP, apelidado de "misto quente", era um bloco original do Chevette, e cabeçote do Chevrolet Monza. Teve passagem curta pelos ralies, correndo somente no ano de 1984 onde se sagrou campeão, com Sady Bordin Filho, dando trabalho para a Volkswagen, marca favorita na época.

fontes: AutoEntusiastas, Sady Bordin

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Avisos: 1 ano no ar!!!!!!!!!!!!!!

Taí...marquei bobeira ontem...só me liguei agora que tava procurando idéias para um novo template pro blog...o blog fez 1 ano ontem...hehehehehe
Em 1 ano muita coisa aconteceu...e, está acontecendo! Comecei isso de forma despretenciosa, sem me importar muito, e hoje começo a colher alguns frutos desse espaço.
Em 1 ano recebi aproximadamente 23.000 acessos, de 400 cidades, em 66 países (e contando!), a maioria vem pelo Google, ou por referência direta em blogs, sites, fóruns...etc. Nada mal, para quem começou sem fazer muita divulgação, e só agora começa a falar mais disso aqui...hehehe.
Inicialmente, era um espaço para falar sobre jipes, mas ultimamente acabou se transformando numa "coleção" de carros de rali...mais pra frente devo compilar esse material...dar uma melhorada nos textos e publicar...seria interessante, e também quero dar mais atenção ao blog...ele está ficando importante...hehehehe.

Em breve voltamos com a programação normal

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Carros de Competição: DKW F91 3=6 Sonderklasse

No início da década de 1950, a Auto Union faz seu retorno às competições, com seu recém-lançado DKW F91 (para os brasileiros, modelo similar a Vemaguet, que era a F91 Universal). Utilizado nos campeonatos europeus de rali. O carro era basecamente o modelo original com equipamentos para ser usado em ralis, como faróis extras, instrumentação adicional, mais um estepe...etc, de acordo com determinação da antiga CSI (Comissão Esportiva Internacional). O valente carrinho de 900cc 2 tempos, tração dianteira e 34HP não fez feio, e ajudou a reestabelecer a história vitoriosa da Auto Union em competições.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Carros de Competição: Mitsubishi Starion 4WD

O Mitsubshi Starion 4WD, foi desenvolvido pela Ralliart para ser um carro vitorioso. Contava com a mão de Alan Wilkinson, que tinha passagens pela Audi (onde auxiliou no desenvolvimento do Audi Quattro), TTE (Toyota Team Europe), e Ford. O Starion 4WD estreou nas competições internacionais no Paris-Dakar de 1983, mas só conseguiria homologação para o Grupo B a tempo de participar do RAC Rally (Inglaterra) de 1986. Enfim, com o fim do Grupo B marcado para o final da temporada de 1986, o carro não conseguiu homologação. O carro em si era promissor, tração 4x4 da Pajero, com divisão de torque fixa em 50/50, motor de 1995 cc "Sirius Dash" turbo com 350 HP, com injeção Bosch EFI, que contava com um cabeçote com três válvulas por cilindro, sendo duas de alimentação. A diferença dele para o Starion de rua, era a frente mais curta devido a remoção dos faróis escamoteáveis, sendo substituídos por faróis normais.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Carros de Competição: Peugeot 205 t16


Se houve dois carros que representaram o espírito do Grupo B, foram o Audi Quattro, e o outro, o Peugeot 205 t16. O pequeno Peugeot, foi um divisor de águas na categoria, introduzindo conceitos que tornavam os carros da primeira geração do Grupo B obsoletos, como chassi tubular, motor turbo central de até 500HP, tração 4x4 e carroceria de material composto. Essas características já eram de alguns carros...mas o 205 t16 era o melhor de vários carros num só. Foi introduzido no WRC na temporada de 1984, onde dominou com facilidade até encontrar um inimigo a sua altura, o Lancia Delta S4 em 1986. Nesse ano a disputa era entre as duas marcas, com vitória francesa no título dos contrutores após o resultado do rali de San Remo (ganho pela Lancia) ser anulado pela FISA. Sendo o último campeão do Grupo B, o 205 t16 foi remanejado para os ralis Cross-Country, onde ganhou inúmeras provas, inclusive o Dakar por duas vezes, em 1987 e 1988.

modelo de Cross-Country

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Carros de Competição: Peugeot 504 Pickup

A Peugeot resolveu manter a linha 504 representada nos ralis, devido a pedidos do importador africano para divulgar a resistência dos modelos. Mas havia uma dúvida, qual carro seria usado?
Haviam duas opções, a 504 Break, e a 504 Pickup. A 504 Break, uma Station Wagon derivada do sedã 504, foi utilizada no Dakar nessa época. E, a 504 pickup, foi homologada para Grupo B, e usada no Rally Safari, onde chegou em 7º na geral. Foi o primeiro carro de rali desse porte no WRC, e a primeira picape, e única do Grupo B.

domingo, 10 de maio de 2009

Carros de Competição: Talbot Samba Rallye

No final de 1982, com a transferência do pessoal da Talbot pra França, com a absorvição da Talbot pelo Grupo PSA, alguns projetos foram migrados para a marca francesa. O Samba Rallye, foi uma versão de Grupo B do pequeno carro, que foi o último projeto com a marca inglesa, já sob domínio da Peugeot. E, foi o antecessor do Peugeot 205 t16. O carrinho era valente, com motor 1.219cc de 130 HP, e tração dianteira. Ele foi o último carro de ralis da Talbot, e devido o sucesso dos seus antecessores, motivou a Peugeot a incluir o antigo pessoal da Talbot na sua divisão de competições. Ficou durante 1983 até 1985 em competições, convivendo com seu "irmão" mais forte nos dois últimos anos de atividade nos ralis.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Carros de Competição: Opel Manta 400

O Ascona 400 já dava sinais de cansaço no início da década de 1980, mas ainda dava resultados, com isso, a Opel desenvolveu um outro carro, o Opel Manta 400, baseado no Manta de segunda geração. Conseguiu homologação somente em 1983, mas foi um carro inovador por usar carroceria de kevlar (todos os painéis da carroceria eram de kevlar, incluindo a armação dos faróis), aliviando 80 kg só nisso. Possuía uma versão preparada pela Cosworth do motor do Opel Rekord com 275 HP e alimentado por duas Webber duplas de 50, enquanto a versão de rua usava uma injeção Bosch jetronic EFI. Para ajudar na distribuição de peso, recuaram o motor 6cm, mas o carro tinha uma tendencia forte para subesterço. Seu ponto fraco era o eixo traseiro, originário do Ascona 400, que não aguentava e quebrava. Ficou famoso pela desclassificação no Rallye Mille Pistes International, onde Henri Toivonen a bordo de seu Manta 400 foi desqualificado no final da prova, pois a diretoria resolveu banir os protótipos da competição DURANTE a prova!!!!! Se a Opel investisse mais em ralis os Manta poderiam ir mais longe. Em 1983, desenvolveram uma versão 4x4, que tinha uma dirigibilidade muito melhor que a do Audi Quattro, o carro sensação da época. Mas infelizmente, essa versão não chegou a vingar.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Carros de Competição: Lancia 037

O Lancia 037 foi o primeiro carro desenvolvido especialmente para o Grupo B, contava como muitos carros do período com tração traseira, pois o desempenho dos carros 4x4 ainda não era algo certo. Foi desenvolvido partindo do Beta Montecarlo, mas no final os dois carros tem muito poucas semelhanças. o 037 contava com motor preparado pela Abarth com 325 HP e um compressor. Mas com o tempo ficou obsoleto com relação aos carros com tração 4x4 e turbo. Mas usava alguns truques para continuar competitivo...como usar pneus de qualificação da F1 em provas de asfalto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mas a vantagem tinha seu preço, eram obrigados a trocar de pneu durante os estágios. Se sagrou campeão em 1983, o único carro campeão do Grupo B sem usar tração 4x4, e motor turbo.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Carros de Competição: Toyota MR2 222D

Mesmo tendo um carro robusto em provas duras, a TTE (Toyota Team Europe) estava insatisfeita com o desempenho do Toyota Celica TA64, e começou a desenvolver um substituto, o projeto 222D. Um Toyota MR2 de primeira geração, com uma versão de 600 HP do motor 4T-GTE, mesmo usado no Celica TA64, câmbio Xtrac, e tração 4x4. Também já trabalhavam com especificações do futuro Grupo S. Criaram três protótipos, um com motor transversal e tração traseira, e dois com motor longitudinal e um desses tinha tração traseira, e o outro tração 4x4. Infelizmente foi mais um que não passou de protótipo...uma pena

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Carros de Competição: Mazda RX7

O Mazda RX7, foi talvez o único carro a competir n o Grupo B de forma totalmente não oficial, enquanto a marca não manifestava interesse em correr. Alguns pilotos, como Achim Warmbold, Timo Salonen, e Rod Millen corriam com seus carros de forma totalmente independente, tentando atrair a atenção da marca. Com isso, Achim Warmbold cria a MRT (Mazda Rally Team), e utiliza os RX7 convertidos para a categoria. Mas a marca japonesa, só nota o esforço após os RX7 terminarem em 3º e 6º no Rally de Acrópole (Grécia) de 1985, mas ao invés de apoiar o RX7, resolvem desenvolver o 323 para o Grupo A em 1987. O RX7 foi também o primeiro e único carro do Grupo B com motor Wankel.

domingo, 3 de maio de 2009

Carros de Competição: Ford RS200

E atendendo a inúmeros pedidos, trago a besta das bestas...o Ford RS200!!!
O RS200 seguiu na contramão dos outros carros do Grupo B, que eram baseados em carros já existentes. Na verdade, ele foi desenvolvido para a categoria, e partindo do carro de corrida, criaram versões mais mansas para vender. Era um carro puramente de corrida, motor BDT (oriundo dos Cossies) central, turbo , chassi monocoque, carroceria de kevlar (os de rua eram modados em fibra), chassi desenhado por Tony Southgate (projetista de várias equipes de F1 e protótipos). A preparação do motor ficou a cargo de Brain Hart, famoso preparador de motores da F1, que fez um motor de 250HP para as ruas...e um de até 650HP para os ralis!!!!!!!!!!!!!!! Outra característica dos RS200 era de ter a melhor suspensão dos carros de Grupo B de alto nível. Tinha suspensão independente com duplo amortecimento em cada roda. A carroceria desenhada pelo Studio Ghia, fez do RS200 sem dúvidas um dos mais belos carros de rali de todos os tempos. Mas ele não era só belo...era feroz...o carro podia acelerar 0-100km/h no asfalto em 2.1 segundos!!! (só pra constar, o carro mais rápido da atualidade, o SSC Ultimate Aero, leva 2.7 segundos...nada mal para um carro de mais de 20 anos. O RS200 foi apresentado em 1984, mas estreou somente em 1986, devido a problemas burocráticos com homologação. teve uma carreira muito curta e se envolveu em sérios acidentes, com vítimas fatais.