quinta-feira, 30 de abril de 2009

Carros de Competição: Alfa Romeo Alfasud Sprint 6C

Em 1983, a Alfa Romeo mostra o sucessor dos GTV no WRC, o Alfasud Sprint 6C, incialmente um carro promissor, com motor central de 2.480cc V6 com 230HP aspirado, e tração traseira. O que ia totalmente contra as tendências da época, mas a ideia era "evoluir" para uma versão realmente competitiva, e melhorar a imagem do Alfasud no mercado, que devido a um grave problema do Grupo FIAT, que ao entrar em acordo com o governo Soviético para construirem a Lada, recebeu aço como pagamento, mas não era adequado a fabricação de automóveis, fazendo do Alfasud um modelo evitado até pelos entusiastas da marca. O projeto foi abortado pela Alfa Romeo que na época enfrentava uma crise financeira, que somado à imagem negativa dos carros italianos da época, principalmente Alfas e FIATs. Foi mais um que ficou só na promessa...

terça-feira, 28 de abril de 2009

Carros de Competição: Citroën Visa 1000 pistes

Em finais de 1981, a Citroën resolveu promover a durabilidade de seu carro popular, o Citroën Visa, e surgiu a versão Trophée, um pouco mais esperta e potente, com em torno de 100HP. Isso animou a marca a fazer uma versão definitiva de ralies, o Citroën Visa 1000 pistes. Por fora, o carro não tinha muita diferença, mas mecanicamente era outro carro. Tração 4x4, motor de 1440cc com dois carburadores duplos e 150HP, faziam do Visa um pequeno foguete. Seus números parecem ínfimos, mas o valente carrinho se manteve na ativa até 1992!!!!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Avisos: 20.000 visitas!!!!!!!!!!

Há quase exatos 3 meses, publiquei um post comemorando 10.000 visitas...e hoje, esse número acabou de dobrar!!!!! Visitas de vários lugares (398 cidades em 70 países para ser mais exato) dos 4 cantos do mundo...esse poder da internet de certa forma me impressiona, por mais que saiba que é um filão interessante (até hoje nunca vi nada do gênero), eu nunca tenho a real dimensão do tamanho desse blog....naaaaaah...chega de papo, deixa o discurso pro post de 1 ano...hehehehehe.

E seguiremos com a programação normal

edit: são 3 meses...não 4...hehehehe

domingo, 26 de abril de 2009

Carros de Competição: Peugeot 305 V6

Com a fusão da Talbot com o grupo PSA, a divisão de competições da primeira foi incorporada à Peugeot, gerando o programa de ralies da marca de Sochaux, um dos primeiros projetos para o WRC já com o know how de ambas as marcas foi o Peugeot 305 V6, uma versão selvagem do pequeno sedã 305, dotado de um motor V6 oriundo do Peugeot 604 com 250HP, tração traseira e alterações significativas na carroceria. Foi um ensaio para a Peugeot passar dos grandes e robustos 504 do Grupo 4 para os poderosos Peugeot 205 t16, que foram os carros escolhidos pela marca para serem usados no WRC. O 305 V6, curiosamente, foi desenvolvovido no ano em que a Talbot se sagrara campeã mundial de rallies em 1981.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Carros de Competição: Renault 5 Maxi Turbo

O Renault 5 Maxi Turbo foi no embalo dos outros carros para as novas classes criadas pela FISA na época, era um Grupo 4 apto para B. diferenciava do pacato modelo urbano pela carroceria, mais larga e com apêndices aerodinâmicos; além do motor, saía o pacato 1.3 de 55HP dianteiro, e entrava uma versão "mais leve" do motor usado no RE20 de F1, com 4 cilindros em linha e uma turbina ao contrário do V6 bi-turbo do monoposto, mas isso não fazia muita diferença...o carro de rali tinha 350HP aproximadamente contra 500HP do carro de F1. Como os concorrentes da época, contava com tração traseira. Mas em provas de asfalto andava no mesmo pace dos carros 4x4, sendo vencedor do Rali de Monte Carlo de 1981 Tour de Corse (França) de 1982 e 1985, e no campeonato francês também foi bastante vitorioso. O R5, é um dos carros favoritos pelos entusiastas pela sua resposta rápida, baixo peso, e direção precisa.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Carros de Competição: Ferrari 288 GTO

Com o interesse crescente nos ralis, uma marca foi puxando a outra para competir de forma oficial. Em meados da década de 1980, a Porsche resolve entrar de forma oficial, e a Ferrari, para não ficar atrás, também cogita colocar o pé na terra. E começa a trabalhar no modelo 288 GTO. Uma modificação da 308 GTB, que já era usada em ralis de asfalto, contava com um motor 2.8 (diminuiram os 3.0 originais) com duas turbinas IHI, contava com 400 HP, sendo um carro com bastante potencial de vencedor. Mas ao contrário de seu rival, o Porsche 959, possuía ainda tração traseira. E ao contrário do carro alemão, não chegou a competir, suas 272 unidades usadas como carros de rua. Teoricamente, não ficava muito atrás dos carros top do Grupo B de segunda geração, excetuando a ausência de tração nas quatro rodas. Teve uma evolução, o 288 GTO Evoluzione, que serviu de base para o desenvolvimento da Ferrari F40.

Ferrari 288 GTO Evoluzione, base para a Ferrari F40

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Carros de Competição: Daihatsu Charade 926R

Na década de 1980, os fabricantes viram no segmento dos hot hatches um filão interessante. Versões esportivas de carros de apelo popular, o que facilitava para obter homologação para competições. O Daihatsu Charade 926R, era resultado da tecnologia japonesa com design e estilo italiano. Era desenvolvido em parceria com a De Tomaso, uma longa parceira da Daihatsu no mercado europeu. Contava com motor central 3 cilindros turbo de baixa cilindrada (926 cc), tração traseira, câmbio de 5 marchas, e suspensão independente nas quatro rodas. Foi infelizmente mais um que chegou no fim da festa. Com o anúncio do fim do Grupo B para a temporada de 1987, a Daihatsu engavetou o simpático carrinho, e usou o motor em outro carro lançado no ano seguinte.

domingo, 19 de abril de 2009

Carros de Competição: BMW M1

Um carro pouco conhecido pela participação bastante discreta no WRC foram as BMW M1, que estrearam no WRC pelas mãos da ORECA, e na mesma prova de estréia da Lancia 037, O Tour de Corse de 1983. O carro em si era uns 30 mais largo que qualquer coisa que já tenha entrado em ralis e isso somado a problemas de durabilidade, fizeram do M1 um participante efêmero nos ralis. Tendo conquistado dois segundos lugares no campeonato Europeu, no Rali Lyon-Charbonnieres e no Rali Antibes, ambos em 1983. Teve melhor sorte nos campeonatos de endurance e no Pro-Car, onde o esportivo com motor central de 6 cilindros e 430 HP se saía melhor.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Carros de Competição: Mitsubishi Lancer EX 2000 Turbo

O Lancer tem um passado longo em ralis, desde seu lançamento em 1973, mostrou que os carros japoneses eram bastante resistentes e favoritos em provas que dependiam mais de robustez do que de velocidade. Em 1980, a fabricante japonesa desenvolveu a segunda geração dos Lancer em ralis, o Lancer EX 2000 Turbo, feito pela Ralliart (Preparadora de ralis da marca) e junto com a representante austríaca da marca, Denzel AG. O carro era inicialmente desenvolvido para o Grupo 4, mas veio a ser convertido para Grupo B. O Lancer EX usava o motor 4G63, que continuou nos Galant Vr-4, Carisma GT e atualmente nos Lancer Evolution. Contava como todo carro do Grupo B de primeira geração, com tração traseira, e câmbio reescalonado, além de como alguns carros já incorporavam, um turbocompressor, que dava em torno de 280HP. Contava também com carroceria leve, e diferencial LSD (deslizamento limitado).

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Carros de Competição: Lada Samara EVA

Em 1985, muitos fabricantes viram no Grupo B uma vitrine fabulosa para seus carros, e muitos começaram a desenvolver versões específicas para homologação, e a AvtoExport via nos ralis uma forma de expor os veículos soviéticos. A Lada desenvolveu em parceria com a VFTS uma versão Grupo B do médio Samara (nome interno VAZ 2108). Em 1985 começam a desenvolver o projeto, sobre o nome de EVA. O carro era bastante promissor, tração traseira, chassi tubular, carroceria de fibra de vidro, motor central de 300CV derivado do Lada Zhiguli, com adição de turbo e injeção eletrônica e cabeçote de 16V. A AvtoVAZ estava com fundos para a produção das unidades de homologação, e alguns modelos prontos, inclusive variantes para Grupo S, mas foi vítima do cancelamento do Grupo B em 1986. O carro deu origem aos Samara T3 de Cross-Country.

sábado, 11 de abril de 2009

Carros de Competição: Ford Escort RS1700T

Com o lançamento da terceira geração do Ford Escort, no início da década de 1980, a Ford desenvolveu um substituto para os Escort RS 1800, o projeto consistia em uma versão de tração traseira do modelo (originalmente conta com tração dianteira), com motor BDT longitudinal (ao contrário do motor transversal do modelooriginal) de 1.778 cilindradas turbocomprimido, rendendo 350 hp. Foi o primeiro carro turbo da Ford em ralis, além de ter sido um dos primeiros modelos silhiouette do Grupo B. Mas devido a problemas no desenvolvimento e políticas internas, o projeto foi cancelado, junto com o protótipo C100 de endurance, dando lugar ao projeto do Ford RS200.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Carros de Competição: NAMI 0290 "Appelsin"

Em finais da década de 1980, o Instituto Central de Pesquisa e Desenvolvimento para Automóveis e Motores Automotivos NAMI na então URSS, desenvolveu um modelo para correr no Rali do Faraós (Egito). O Carro contava com peças provenientes de vários carros de fabricação soviética. O motor era o 1.600cc do Lada 2107 Zhiguli com a adição de uma turbina Mitsubishi, resultando em 180HP e máxima de 210 km/h. Tração 4x4 permanente, com divisão de torque de 50% para cada eixo. Outras peças provenientes de carros de rua eram as portas do ZAZ Tavria, as lanternas traseiras e as rodas de aço estampado de 13" do Lada 2108 Samara. O projeto Appelsin (laranja em russo) foi razoavelmente bem sucedido, sendo um carro bastante competitivo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Carros de Competição: AZLK Moskvitch 2141-KR

Na década de 1980, a AZLK Moskvich lança um modelo moderno e inovador, pelo menos para os padrões da URSS, o Aleko 2141, contava com motor longitudinal, e tração dianteira (foi o primeiro carro na URSS a contar com esse sistema), e desenho moderno (copiado do SIMCA 1308 de dez anos antes). Lançado em 1986, o carro começou a ter um protótipo para ralies, elaborado pela marca. Mas seu desenvolvimento foi tardio, sendo construído um protótipo em 1988, o AZLK Moskvich 2141-KR, que contava com um motor central, aspirado, e alimentado por dois carburadores Webber duplos e rendia 175 HP!!! (os concorrentes tinham o dobro dessa potência em média), além de tração traseira. Não chegou a passar da fase de protótipo, e nem ter os 200 modelos produzidos (requisito mínimo para Homologação no Grupo B), e muito menos chegou a tomar parte em competições, já que foi terminado quando a categoria havia sido banida. É um carro que chama a atenção pela raridade, e sua forma "diferente".

terça-feira, 7 de abril de 2009

Carros de Competição: Austin-Rover Metro 6R4

O Austin-Rover Metro 6R4, foi criado para acabar com o mito de que só os carros sobrealimentados eram competitivos no WRC, com base em um modelo popular, com motor V6 aspirado, baseado no V8 dos MGB, o carro começou a ser desenvolvido em 1983 pela Williams Engineering (sim, a equipe de F1). Era um projeto promissor, mas como a equipe estava mais voltada para seus interesses particulares, e a Austin-Rover não tinha muita verba para o projeto. O carro ficou devendo em alguns aspectos. Mas o carro de pequenas dimensões, com motor central derivado do desenho do mítico Cosworth DFV, tração 4x4, e apêndices aerodinâmicos, fez um belo terceiro lugar em sua estréia em 1985, no RAC Rally (Inglaterra), onde chegou atrás das duas Lancia Delta S4 vitoriosas. Mas fora isso abandonava por problemas mecânicos causados pelo motor pouco testado e desenvolvido. Com o fim do Grupo B, o 6R4 seguiu o caminho do seu modelo de origem, e se tornou talvez o mais popular carro de rali entre colecionadores (razoavelmente barato) e pilotos de rallycross, subidas de montanha, e arrancadas. Com o fim do Grupo B em 1986, a Austin-Rover abandonou os ralis, e vendeu seu espólio para a TWR, que utilizou seu motor para desenvolver o motor dos clássicos Jaguar XJR de endurance. E mais tarde pegou essa unidade, adicionou uam Turbina Garrett T3, e estava pronto o Jaguar XJ220.

domingo, 5 de abril de 2009

Carros de Competição: Toyota Celica TA64

O Toyota Celica TA64 (também conhecido como Twin-Cam Turbo), era um projeto da TTE (Toyota Team Europe, atual Toyota Racing) para o WRC. O carro era bastante robusto, simples de manter, mas contava com layout clássico de carros de rali (motor dianteiro e tração traseira). Seu motor derivava do Celica GT-E, e na versão Grupo B evoluiu de 290 até 370 HP de potência. Era um carro promissor, estreou no 1000 Lakes de 1983 com um sexto lugar, mas achou seu lugar nas provas africanas, onde faturou suas 6 vitórias (três Safari consecutivos, 1984-86 e três vezes o Rally da Costa do Marfim). Mas nas etapas européias fica sempre devendo para seus concorrentes, onde a falta de tração 4x4, motor central e entre-eixos curto faziam diferença.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Carros de Competição:Citroën BX 4TC

O Citroën BX 4TC, teoricamente seria um matador nos ralis, jantaria Lancias, Audis e Peugeots com facilidade. Mas ao contrário de seu antecessor o pequeno e fraco Visa 1000 Pistes, foi um dos maiores fiascos da categoria. Chegou com conceitos da primeira geração do Grupo B, como chassi monocoque e motor dianteiro, enquanto os rivais top possuiam estruturas tubulares e motor central. Sua durabilidade era fraca, de 15 ralis (3 eventos WRC) abandonou 13. Nem sua evolução conseguiu reverter o jogo a favor da Citröen, dos 20 carros (BX4TC Evo) apenas 5 sobreviveram. Outro fator que culminou no fracasso do projeto foi a homologação ter saido em 1986. Mas a marca seguiu em frente na categoria, e dessa vez emplacando em seguida três carros vitoriosos em ralies, o ZX , o Xsara T4 e o atual C4.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Carros de Competição: Ferrari 308 GTB Michelotto

A Ferrari, teve uma tímida participação nos ralis, no máximo correu com carros semi-oficiais. No início da década de 1980, com a 308 GTB ganhando espaço em competições, recebeu homologação para 3 classes distintas (Grupo 4, Grupo B, e GT). A preparação ficou a cargo da Michelotto, que recebia assitência da Ferrari. O carro era baseado na versão quattrovalvole, com algumas alterações: sai a injeção mecânica Kugelfischer e entra a Bosch K-Jetronic eletrônica, saem as rodas Campagnolo e entram Canonica mais finas e leves, resultando em menor peso não suspenso. Mas toda a preparação resultou em algo curioso...o carro de corrida ficou cerca de 30 kg mais pesado que o de rua!!!! Mas isso não atrapalhou, o carro seguiu uma carreira vitoriosa nas mãos da Pro Motor Sport (equipe privada italiana) em campeonatos europeus, sendo bi-campeões do campeonato da Sicília (1983-84), além de um segundo lugar no Targa Florio de 1983. Mais tarde a Ferrari tentaria um projeto próprio para ralis.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Carros de Competição: Nismo 240RS

Em 1983, a Nismo (divisão de competição da Nissan/Datsun) exibe o sucessor do lendário 280ZX "Fairlady", o Silvia 240RS. O carro teve um relativo sucesso em provas como Safari e o Rali Acrópole, e na Nova Zelândia (ambos em 1984, a melhor temporada da Nissan no WRC marcando 46 pontos), onde os carros japoneses se destacavam pela resistência. O carro tinha uma construção conservadora, motor do carro de série aumentado (de 2.0 para 2.4cc) com dois carburadores (a maioria usava injeção eletrônica!!!!) e potência de 238 cavalos (mais tarde elevada para 277), aspirado (os concorrentes principais utilizavam algum tipo de sobrealimentação), além de tração traseira, e era um dos únicos sedãs de rali.