terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Os Ralis - década de 1970


Ah os anos 70...a era que definitivamente separou os meninos dos homens no automobilismo. No final dos anos 60 começaram a aparecer patrocinadores principais para as equipes de corrida, mas não como antes, empresas não relacionadas ao setor automotivo começaram a olhar os carros de rali como uma boa fonte de propaganda...adicionando à marca características de velocidade...vitória...e blábláblá. Ao contrário da F1 onde as equipes seguiam o esquema de cores nacional imposto pela FIA, nos ralis, as equipes carregavam as cores de suas marcas (FIAT usava o tradicional vermelho/amarelo da Abarth, Lancia usava vermelho escuro, Toyota usava branco/vermelho, e por aí vai...Foi quando iniciaram os primeiros campeonatos internacionais de rali, com calendários que usavam etapas que eram também válidas para os campeonatos locais, dando origem ao Campeonato Mundial de Rallies. E nisso, os ralis ganharam o mundo, além das provas tradicionais como o RAC Rally (Inglaterra), Press-On-Regardless (EUA), 1000 Lakes (Finlândia), Acropolis Rally (Grécia), Tour de Corse (França), Bandama Rally (Costa do Marfim), Safari Rally (Quênia) Rally Sanremo (Itália), Rallye de Portugal (Portugal) e Rallye Automobile de Monte Carlo (Mônaco) . Também ocorreram provas em Marrocos, Canadá, Polônia (ainda comunista), Áustria, Nova Zelândia, Austrália, Escócia, Argentina, Brasil, Espanha, Indonésia, China, Japão, Alemanha, Chipre, Gales, Turquia, México, Noruega, Irlanda, Jordânia.

Nesse meio tempo, surgiram os primeiros patrocínios, pouco tempo depois das Lotus Gold Leaf ditarem novos conceitos, surgiram os primeiros Lancia-Marlboro nos ralis, e com isso muitas empresas fora do ramo automotivo começaram a estampar suas cores e marcas, nos carros, algumas de forma duradoura, como a fabricante de bebidas Martini, a companhia aérea Alitalia, as tabagista Rothmans International e Phillip Morris. Até o final da década eram mais comuns em equipes privadas ou semi-oficiais, mas as equipes de fábrica só passariam a "vestir" outras cores na década seguinte.
Do meio da década pra frente as marcas começaram a setorizar suas operações, usando carros diferentes em categorias diferentes...mas focando sempre nos Gr.4, que eram as estrelas do show, mesmo tendo uma fenda abissal entre o carro de rali e o de rua. Basicamente pegavam um modelo de grande produção e de apelo popular, e faziam uma versão bastante esportiva que geralmente destoava do modelo original, onde as únicas ligações eram as linhas basicas e o nome do carro.
Nisso, a coisa foi cada vez mais ganhando a forma do que seria o espetáculo da década seguinte. Com a Audi retornando (antes corria sob a marca-mãe Auto Union), e com pouco tempo de casa já contraria o principal paradigma da categoria, e ousam correr com um carro de tração integral, que virtualmente seria pesado e lento. Mas nas palavras de Jean Todt, após o lançamento do Quattro, a diferença entre os Audi e o resto passaria a ser medida não mais com cronômetros, mas com calendários!

4 comentários:

Luís Augusto disse...

Germano, bem-vindo de volta! Passou no tal concurso?

Germano disse...

só vou saber em Março huhahahahah

Tohmé disse...

Porra Germano.....a gente tava com saudades.

Felipão disse...

aeeeee

bom retorno, Germano...

e valeu o comentário lá...

hahahahaha

abração...